Amélia de Oliveira
Não te peço a ventura desejada,
Nem os sonhos que outrora tu me deste,
Nem a santa alegria que puseste
Nessa doce esperança já passada.
O futuro de amor que prometeste
Não te peço! Minha alma angustiada
Já não te pede, de impossível, nada,
Já não te lembra aquilo que esqueceste!
Nesta mágoa sorvida ocultamente,
Nesta saudade atroz que me deixaste,
Nada te peço! Nada! Tão somente
Neste pranto que choro ainda por ti,
Peço-te agora a paz que me roubaste,
Peço-te agora a vida que perdi!
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