Carlos Arnaud
Corpo em flor exalando a madrugada,
Em cada curva, um verso se insinua.
A pele, em luz, se mostra desfolhada,
E a boca é chama que jamais recua.
Teus olhos têm a cor nua da alvorada,
E em teu olhar, a calma se perpetua.
No gesto teu, uma arte é desenhada,
E o tempo, em ti, se dobra e continua.
Primavera dos meus sonhos ardentes,
Tu és perfume, brisa mansa e tentação,
Que em jardim floresce entre poentes.
E mesmo quando a noite diz: “não são”,
Teus beijos vivem - cálidos, latentes -
Na impassibilidade viva do meu coração.
0 comentários :
Postar um comentário