Carlos Arnaud
Na cidade altiva, onde a noite avança,
o luar recobre a praça e a nua estrada,
brilhando no Prata, pura luz que dança,
tecendo as sombras numa renda alada.
Um sereno espelho nas águas do rio,
reflete o céu num sonho imaculado,
de súbito envolve o campo em desvario,
seu véu de luz em pranto derramado.
E sob a brisa, toda terra se enfeitiça,
nas folhas que murmuram seus enredos,
A lua desliza em sua áurea preguiça,
bordando vales com seus brancos dedos.
Assim, São Domingos guarda em sua liça
o encanto oculto dos astros quedos.
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