Alceu Wamosy
Ó fantasma sinistro da desgraça!
Visionário, sonâmbulo, maldito,
Que arrastas pelas sombras do infinito,
A agonia titânica da tua raça!
O teu vulto gigante, quando passa,
Traz no exterior ciclópico do grito,
Toda a fúria sombria do rio Cocyto,
Toda a insânia que as almas despedaça!
Que destino fatal teus passos leva?
Que procuras, vagabundo, alma de treva,
Pela noite dos séculos, a esmo?
De onde vens? Quem tu és? Importa pouco!
Talvez sejas Ahasverus, errante e louco,
Perdido na inconsciência de si mesmo ...
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