Araújo Figueredo
Dessa tarde recordo a profunda tristeza...
E porque não? Recordo a hora da despedida.
Eu te deixara só, meu sonho de beleza,
Ó meu lírio da serra, ó flor estremecida!
Nessa hora amargurada, a própria natureza
Parecia uma noiva, entre goivos, vestida
Para a morte. Do céu na límpida turquesa
Uma estrela surgiu, a resplender de vida!
Entre abraços, teu peito ao meu peito apertaste.
E eu para o mar parti. Mas de onde então ficaste,
Um rastilho de luz branca me acompanhou...
Seria o teu amor assim transfigurado?
Ou a saudade augural do teu peito magoado?
E onde o meu coração tristíssimo ficou?
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