Américo Palha
Envolto no aranhol das minhas dores,
Abro, convulso, o livro dos meus dias:
- Cada folha me traz fundos travores
E o veneno letal das nostalgias.
Algemado, suporto os estertores
De profundas e lentas agonias;
- Soluços, funerais dos meus amores
E o féretro de glórias fugidias.
Se busco um lenitivo ao meu penar,
Ouço o eco de uma voz que grita: Não!
Viverás e sofrendo hás de chorar!
Minha alma, compungida, há de sentir
- Pesadelos das horas que se vão,
Incertezas das horas que hão de vir...
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