Alberto de Oliveira
Quando ela entrou, com um gesto de rainha,
Pálida e bela, altiva e desdenhosa,
Quedou-se em torno a sala rumorosa,
Tão nobre aspecto a divindade tinha.
Quem era essa mulher esplendorosa
Que a luz do raio e a luz do sol continha?
Falia, interroga a multidão ansiosa...
Ninguém soube jamais de onde ela vinha.
E inda depois que a aparição divina
Sumiu-se, no clarão que atrás deixara
Queimam-se as almas em que amor domina;
E em vago sonho inquieto e prolongado
Reveem todos a forma aérea e clara
E a imensa luz daquele vulto amado.
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