Carlos Arnaud
Angelina, do Éden, num fulgor cristalino,
Em véus de aurora, paira além da matéria.
Seu belo encanto silente, sua paz etérea,
Faz o tempo se curvar ao seu poder divino.
No átrio da alma, o seu olhar peregrino,
Desvenda mistérios da dor mais sombria.
E em cada suspiro, há uma doce harmonia,
Que acalma o espírito e o torna genuíno.
Jamais se profana este seu gesto sereno,
Pois traz na presença um brilho tão ameno,
Que até mesmo o caos rende à sua beleza.
Se algum dia eu cair, que ela me sustenha,
Nas asas de fé, que o amor sempre desenha,
Num voo de luz, vencendo minha fraqueza.
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