Alberto de Oliveira
Olhos fitos na altura, enquanto morre
A tarde, enquanto à flor do firmamento
Correm as nuvens, como as nuvens, corre
Até junto de Deus teu pensamento.
Ao filho enfermo, nesse atroz momento,
Pedes que ele socorra; e enquanto escorre
O pranto, da oração no exaltamento,
Mãe sublime, supões que ele o socorre.
Mas um grito de súbito no centro
Ouves do coração pressago. Ansiando
Entras em casa. O filho está lá dentro
Morto, e ao beija-lo lhe ouves inda, ó louca!
De teu nome saudoso o rumor brando
Das derradeiras sílabas na boca.
1 comentários :
Um belo soneto!
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