Alphonsus de Guimaraens
Quando eu for velhinho, bem velhinho,
Não tarda muito, não, meus companheiros!
Vós haveis de florir de jasmineiros
a alameda final do meu caminho.
Deitem-me flores, vistam-me de linho
da cor dos sonhos meus aventureiros,
e que eu fique a rezar dias inteiros,
depois de feito o meu caixão de pinho.
Como o aroma sutil de um incensário,
minha alma irá galgando lentamente
a impiedosa ladeira do Calvário...
Pobre ancião! chegaste enfim ao poente.
Olha o que foste, doce visionário,
e fecha os olhos como um anjo doente!
1 comentários :
Essa página é um beijo de luz no coração dos que amam os sonetos!
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