Martins Fontes
Amas! Não pode haver bênção mais pura
Do que amar e sentir-se benquerido!
Ter o encanto, a recíproca ventura
De humanamente ser correspondido!
Amas! Sofres a máxima tortura!
Foste por teu amor desiludido!
E esvazias o Cálix da Amargura,
Abafando, em silêncio, o teu gemido!
Amas! E não conheces, em verdade,
O amor, que, em sua luminosidade,
O infinito num beijo condensou!
Porque sejas embora sábio, ou santo,
Nunca hás de amar a tua Mãe, no entanto,
Como sempre, e em segredo, ela te amou!
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