Raimundo Correia
Penetro a estância fúnebre e sombria,
Extremo leito da mulher amada;
E ergo a loisa que a cobre — despojada
De toda a graça ideal que a revestia:
Da beleza, onde um casto amor sorria,
Pudica e doce, nada resta, nada!
Nua de carnes, só a branca ossada,
Que apalpo e sinto fria, fria, fria...
E, o sono seu eterno interrompendo,
Clamo... Da noite o vento álgido corta,
Cai neve e é gélido o esplendor da lua...
Então, a erguer-se, pávida, tremendo
De frio e com pudor, me diz a "morta":
"Cobre-me! Há tanto frio e estou tão nua!"
Quem sou eu
- Carlos Arnaud de Carvalho
- São Domingos do Prata, Minas Gerais
- E nestas lutas vou cumprindo a sorte, até que venha a compassiva morte, levar-me à grande paz da sepultura.
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