Carlos Arnaud
Sutil, desvia o olhar e nunca se atreve,
Qual sombra ante à margem da emoção.
Furtiva espia, ardendo densa pretensão,
Enquanto o tempo, em silêncio lhe leve.
Que arte é essa que a paixão prescreve,
Ao passo tímido de tamanha tentação?
Por um segundo, rápida e ampla visão,
No canto do olhar, fixa um amor breve.
Oh, Bela Angelina, a chama do desejo,
Que num rastro discreto busca ensejo,
De querer com sutileza e astúcia tais!
Perdurará no olhar nu de quem intenta,
Entre os rabos dos olhos, há a tormenta
De amar sempre calada, e de nada mais.
0 comentários :
Postar um comentário