Carlos Arnaud
Já não tenho a força da juventude
Nem a ilusão de um sonho por viver
Mas guardo na memória a plenitude
De tudo o que vivi e pude ser.
Não me arrependo das escolhas feitas
Nem das tristezas que enfrentei na vida
Pois cada uma delas me ensinou, suspeitas
A valorizar as coisas mais queridas.
Sei que as vezes me faltou o discernimento
E que preciso aproveitar o que me resta
Mas não me deixo abater pelo lamento.
Mesmo velho tenho devaneios e esperanças
E nunca me entrego à solidão funesta
Porque sei que a vida é feita de mudanças.