Nilo Aparecida Pinto
Que mulher amarei, nesta noite pressaga?
Qual delas me abrirá os seus braços de lua,
E me dará, no amor, o seu corpo de vaga,
Fremindo de pudor, como uma estrela nua?
Qual delas me virá, sob o luar que flutua,
Derramar um perfume e um beijo em minha chaga?
Será minha, e terei uma carícia sua?
Que mulher amarei, nesta noite pressaga?
Em que mundo ela dorme? Em que estância perdida
Gozarei no seu corpo, em maciezas de alfombras,
As carícias da carne e a volúpia da vida?
Ah, não sei que mulher em seus braços me acoite...
Mas estendo-lhe as mãos e a procuro nas sombras,
Como um pássaro cego arrastado na noite...
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