Alberto de Oliveira
Que me quer esta lágrima?... Chorei-as
Todas... Mas tu, ó lágrima querida,
Tu só ficaste, e vais rolar sem vida,
Longe de suas mãos de finas veias!
Ela também, ó lágrima sentida!
Teve de pranto as pálpebras tão cheias,
Como de um lírio, em meio das areias,
A urna de orvalhos, de manhã perdida.
Mortos para sempre!... Lágrima, secaram
Tuas irmãs! com elas desaparece,
E apaga-te, como elas se apagaram!
Olha: à face que amei se eu te levasse
Num beijo extremo e te espalhado houvesse,
Tu gelaras... tão fria é sua face!
0 comentários :
Postar um comentário