Cruz e Sousa
Muda, espectral, entrando as arcarias
da cripta onde ela jaz eternamente
no austero claustro silencioso - a gente
desce com as impressões das cinzas frias...
Pelas negras abóbadas sombrias
donde pende uma lâmpada fulgente,
por entre a frouxa luz triste e dormente
sobem do claustro as sacras sinfonias.
Uma paz de sepulcro após se estende...
e no luar da lâmpada que pende
brilham clarões de amores condenados...
Como que vem do túmulo da morta
um gemido de dor que os ares corta,
atravessando os mármores sagrados!
0 comentários :
Postar um comentário