Luís Edmundo
Nesta vida de ásperos caminhos,
A Ventura, querida, é como a rosa:
Nasce cercada de cruéis espinhos.
E é por isso que a vida é tormentosa.
Punhais agudos, ríspidos, daninhos,
Servem de escudo à nossa mão nervosa.
Ventura, tu que embriagas como os vinhos,
Por que és, assim, tal falsa e caprichosa?
Meu amor, tu que a buscas, tem cuidado;
Que o teu gesto não seja desastrado
A erguer, assim, a tua mão formosa.
Não imaginas como sofreria,
Se te visse chorar, descrente, um dia!
A Ventura, querida, é como rosa...
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