Juvenal Antunes
Laura, depois de ouvir as minhas queixas,
Estavas iluminada e luminosa!
Nas faces de uma suplicada rosa...
Poeta, quero dormir, tu não me deixas!
Não deixo! És muito mentirosa!
Queres mais um soneto? Não te mexas,
Alisa, minha Laura, essas madeixas.
Assim... Ficastes agora mais formosa!
Ora! Não sabes em que estou pensando...
A vida, disse Laura, me abraçando,
Não pode ser por mim, levada a sério!
Sou a mulher, meu Poeta, que seduzes...
Mas, não entendes nunca, nem traduzes,
Porque eu devo ser o teu mistério!