Mário Beirão
Quando a fitar-te ainda o sol declina
E a cor dos teus cabelos no ar flutua,
A tua alma na minha se insinua,
Teu vulto é prece alando-se, divina!
A nossa voz, esparsa em luz, fascina;
A nossa voz… perdoa, Amor, a tua!
Ergues o olhar: cresce em silêncio a lua,
Como uma flor, na tarde peregrina!
E a tua graça, etéreo Abril jucundo,
Bênção de Deus que tudo beija e alcança,
Sorri em flor na escuridão do Mundo…
A luz do Céu é o teu olhar sem fim;
E, no silêncio feito de esperança,ouço o teu coração bater por mim!
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