Mauro Mota
A sombra para sempre refletida
pouco importa que esteja o corpo ausente.
O silêncio do piano, de repente,
rebenta tua valsa preferida.
Canção de Viena, na hora e no ambiente
onde em antigas noites foi ouvida.
A tristeza da tua despedida
Quando as rosas abriam suavemente
O medo de alma que, no escuro, tinhas,
a música dos gestos e da fala,
tuas mãos a tremer dentro das minhas.
A valsa preferida que rebenta,
diáfanos véus em giros pela sala,
teu fantasma dançando a valsa lenta.
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