Cruz e Sousa
Pálida, bela, escultural, clorótica
Sobre o divã suavíssimo deitada,
Ela lembrava - a pálpebra cerrada -
Uma ilusão esplendida de ótica.
A peregrina carnação das formas,
- o sensual e límpido contorno,
Tinham esse quê de avérnico e de morno,
Davam a Zola as mais corretas normas!…
Ela dormia como a Vênus casta
E a negra coma aveludada e basta
Lhe resvalava sobre o doce flanco…
Enquanto o luar - pela janela aberta —
- como uma vaga exclamação - incerta
Entrava a flux - cascateado - branco!!…
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