Jorge de Lima
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: -
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
Quem sou eu
- Carlos Arnaud de Carvalho
- São Domingos do Prata, Minas Gerais
- E nestas lutas vou cumprindo a sorte, até que venha a compassiva morte, levar-me à grande paz da sepultura.
Arquivos do Blog
Alguns Poetas
- Aécio Cavalcante
- Alberto de Oliveira
- Alphonsus de Guimaraens
- Alvaro Feijó
- Antero de Quental
- Artur Azevedo
- Augusto de Lima
- Augusto dos Anjos
- Auta de Souza
- Belmiro Braga
- Bento Ernesto Júnior
- Corrégio de Castro
- Cruz e Souza
- Cynthia Castello Branco
- Edgard Rezende
- Euclides da Cunha
- Fagundes Varela
- Fausto Cardoso
- Florbela Espanca
- Gregório de Matos
- Guilherme de Almeida
- J. G. de Araujo Jorge
- Júlio Salusse
- Luis Vaz de Camões
- Machado de Assis
- Manuel Bandeira
- Mauro Mota
- Narciso Araujo
- Nilo Aparecida Pinto
- Olavo Bilac
- Paulo Gustavo
- Paulo Mendes Campos
- Pe. Antônio Tomás
- Pe. Manuel Albuquerque
- Raimundo Correia
- Raul de Leoni
- Raul Machado
- Silva Ramos
- Vicente de Carvalho
- Vinícius de Moraes
Top 10 da Semana
-
Alphonsus de Guimaraens Aberta a pobre mão como a pedir a morte, Olhos que vinham de mais longe que os poentes, Ela surgiu-me branca e pura ...
-
Alphonsus de Guimaraens Com a vasta escuridão do teu cabelo ensombras, Se o destranças pelo ar, o próprio sol que bate Nessa carne que tem a...
-
Olavo Bilac Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve? - Ardes, sangras, pregada à tu...
-
Gregório de Matos Anjo no nome, angélica na cara, Isso é ser flor, e Anjo juntamente, Ser angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senã...
-
Mário Beirão Teus olhos de tão mística elegia, resplandecentes de penumbra viva, Perdem-se em mim: do meu olhar deriva A luz da mais cr...
-
Luís Guimarães Júnior Era mimosa como um frágil lírio, Como um terno lilás, como a encantada Peri do Oriente – a peregrina fada – Ou c...
-
B. Lopes Paremos juntos na tranquilidade Deste imortal crepúsculo do Afeto, Onde há um altar, singelo e branco, ereto À invocação da Pá...
-
Alberto de Oliveira Olhos fitos na altura, enquanto morre A tarde, enquanto à flor do firmamento Correm as nuvens, como as nuvens, corre Até...
-
Guilherme de Almeida Ó namorados que passais, sonhando, quando boia, no céu, a lua cheia! Que andais traçando corações na areia e corações n...
-
Carlos Arnaud Na cidade altiva, onde a noite avança, o luar recobre a praça e a nua estrada, brilhando no Prata, pura luz que dança, tecendo...
jul
02
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
1 comentários :
Este soneto é simplesmente maravilhoso!
Postar um comentário