Vilma Oliveira
Todos esses meses de agosto
São dias eternos e pungentes
Com tantas lágrimas de desgosto
A compungir a alma da gente!
Entro no meu quarto, a porta fecho,
Entre quatro paredes, eis minha cela,
Desde que nasci esse desfecho...
Durmo com a dor e acordo com ela!
Ingente clamor que me saúda
Rogo de joelhos: Quem me acuda?
Enxuguem o pranto do meu rosto!
Façam findar essa agonia...
Acabem com as noites e os dias...
Nunca mais exista mês de agosto!
Quem sou eu
- Carlos Arnaud de Carvalho
- São Domingos do Prata, Minas Gerais
- E nestas lutas vou cumprindo a sorte, até que venha a compassiva morte, levar-me à grande paz da sepultura.
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